Porto Alegre terá Centro de Referência e Atendimento à Mulher
05/07/2012 10:30:47
Foto: Ricardo Stricher/PMPA
Porto Alegre passa a contar, a partir desta
quinta-feira, 5, com um espaço de prevenção, acolhimento e
encaminhamento para mulheres vítimas de violência. Será inaugurado, às
11h30, o Centro de Referência e Atendimento à Mulher (Cram), um espaço
de atendimento multidisciplinar a mulheres vítimas de todo tipo de
violência, como doméstica, sexual ou assédio sexual e moral. Ligado à
Coordenadoria das Políticas Públicas para Mulheres, o Cram funcionará na
rua Siqueira Campos, 1184, 16º andar, no Centro Histórico. O prefeito
José Fortunati participará da instalação do Centro.
Nascido de uma demanda antiga durante as três últimas edições da
Conferência Municipal de Políticas Públicas para Mulheres, o Centro terá
uma equipe com psicóloga, assistente social e advogada. No local, a
mulher terá informações sobre questões de gênero e violência e, caso
necessário, será encaminhada para a rede de atendimento da prefeitura
nas áreas de saúde, segurança e assistência social. Serão
disponibilizados, ainda, uma brinquedoteca, com pedagoga que irá atender
crianças que vierem acompanhando suas mães, e um auditório para
palestras. O Cram também está buscando articulação com órgãos estaduais
como Defensoria Pública, Ministério Público e Delegacia da Mulher.
"O Centro será um espaço de desconstrução desse ciclo de violência e
de prevenção de novos casos", explica a coordenadora de Políticas
Públicas para Mulheres, Ângela Kravczyk. Segundo ela, o local tanto pode
receber demandas como, também, encaminhar para outras esferas do poder
público. "Algumas mulheres virão até nós encaminhadas pelas unidades de
saúde, por exemplo. Outras chegarão diretamente ao Centro em busca de
apoio e orientação“, exemplifica Ângela. O espaço poderá, inclusive,
desafogar o Judiciário. Segundo ela, existe uma demanda reprimida de 40
mil casos que tramitam nos juizados especiais que poderiam ser
resolvidos a partir do Centro.
Para Ângela, a abertura do Centro é um passo importante para as
políticas públicas voltadas às mulheres. “É uma demanda antiga do
movimento de mulheres que se concretiza nesta administração”, enfatiza.
O Centro tem sua implementação prevista pela Lei Maria da Penha,
que determina ao poder público a implementação de espaços de assistência
à mulher vítima de violência. A lei determina a criação de espaços que
articulem serviços, organismos governamentais e ongs na busca de
esclarecimentos da violência, o fortalecimento da autoestima e a
prevenção de futuras agressões, de forma a romper o ciclo de violência.
Todos os caso que chegarem ao Centro serão mantidos sob sigilo.
Texto de: Caren Mello
Edição de: Álvaro Luiz Oliveira Teixeira
Edição de: Álvaro Luiz Oliveira Teixeira
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