Jovens vítimas de exploração sexual participam de cursos profissionalizantes
Desenvolvido pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), o
ViraVida oferece cursos de capacitação profissional nas áreas de moda,
imagem pessoal, turismo, gastronomia, comunicação digital, administração
e química a meninos e meninas que sofreram violência sexual. A carga
horária varia de 700 a 950 horas/aula. Os alunos permanecem no projeto
durante um ano e recebem bolsa mensal de R$ 400, além de terem aulas
sobre direito, cidadania e acompanhamento psicológico.
A
professora e coordenadora do projeto em Fortaleza, Maria do Carmo Cunha,
explica que a ideia é dar condições para que os jovens alcancem a
autonomia econômica e equilíbrio psicológico. “Essas crianças chegam ao
projeto com uma desesperança muito grande, com o sentimento de abandono,
sofrimento e exploração. E dentro do projeto elas passam a acreditar em
si mesmas. Quando nós conseguimos despertar o sentimento de que essas
crianças e adolescentes são pessoas e não coisas, eles vão em frente”,
conta.
Na abertura do seminário, o presidente do Conselho Nacional
do Sesi, Jair Meneguelli, e a ministra da Secretaria de Políticas para
as Mulheres, Eleonora Menicucci, assinaram termo de cooperação para
incluir o ViraVida no Plano Nacional de Enfrentamento à Violência Contra
a Mulher.
Segundo a ministra, a parceria vinha sendo discutida há
dois anos e que existe a possibilidade de transformar o projeto em um
política governamental. “É absolutamente possível transformar o projeto
ViraVida em uma política nacional. Quero dar ênfase porque são vários
ministérios que entram neste trabalho”, afirmou.
Meneguelli
anunciou a expansão do ViraVida para todo o país. “A meta é chegar em
todos os estados, estamos em praticamente 20. Até 2013, estaremos em
todos os estados brasileiros e vamos ampliar os [projetos] já
existentes”.
Os projetos do ViraVida são coordenados pelos
departamentos regionais do Sesi, em parceria com os outros órgãos do
Sistema S (Senai, Sesc, Senac, Sebrae, Sescoop e Sest/Senat).
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