Prefeitura terá plano para enfrentar exploração infantil na Copa

18/05/2013 13:35:21

Foto: Cristine Rochol/PMPA

Relatório apresentau demandas e propostas de atuação na Capital

O Comitê Municipal de Enfrentamento à Violência e Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes (Evesca) entregou neste sábado, 18, ao vice-prefeito Sebastião Melo e à ministra da Secretaria de Direitos Humanos na Presidência da República, Maria do Rosário, o relatório anual de atividades e um plano de atuação para a Copa de 2014. O documento contém as demandas identificadas na Capital e propostas de ações e políticas públicas para evitar a prostituição infantil, o turismo sexual, o abuso de menores e qualquer violação dos direitos das crianças e adolescentes durante o evento mundial. (fotos)

“Em Porto Alegre nós temos uma rede muito forte, um trabalho integrado entre a prefeitura, polícias e judiciário" disse o vice-prefeito. Melo afirmou que as equipes atuam nos dois eixos principais para enfrentar a violência sexual contra crianças e adolescentes, que são a conscientização sobre o problema e o estímulo às denúncias e a busca de atendimento nos nossos centros de referência. Acrescentou que agora, soma-se a isso que, para as cidades sede da Copa, estão previstos inclusive recursos do Governo Federal e um plano integrado, .

O documento foi apresentado durante a solenidade de encerramento da 2ª Semana Municipal de Enfrentamento à Violência e Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes, realizada na Escola Municipal Professor Larry José Ribeiro Alves, na Restinga. Desde o dia 12, palestras e cursos sobre os desafios e como enfrentar o problema estão sendo realizados na cidade. As atividades foram desenvolvidas de acordo com cada grupo participante, desde as famílias e a comunidade, profissionais e servidores públicos, até as próprias crianças e adolescentes.

Para Cláudia Machado, coordenadora do Evesca, a escola tem um papel fundamental no enfrentamento da violência e exploração sexual contra menores. “Nós temos que mudar de alguma forma a nossa relação com  as crianças, entendê-las. 70% dos casos acontecem dentro da família e por isso a gente precisa conscientizar a comunidade e ensinar as pessoas a identificar e denunciar essas situações”, explicou Cláudia.

Maria do Rosário destacou a redução dos índices de miséria como um avanço importante, mas lembrou que existe também um trabalho no combate ao crime organizado que deve ser intensificado. “Temos que dar um passo adiante. Não podemos esquecer que fora das nossas comunidades também existem redes criminosas, há o tráfico de pessoas, há o aliciamento de crianças e adolescentes, especialmente de meninas. Enfrentar esse tráfico e esse aliciamento é a grande tarefa que o Brasil tem nesse momento”, declarou a ministra.

O evento terminou com apresentações culturais promovidas por escolas municipais.

18 de maio - Em 1973, a menina Araceli Cabrera Sánchez Crespo, de 8 anos, foi sequestrada, violentada, e morta em Vitória, no Espírito Santo. O corpo foi encontrado seis dias depois, desfigurado. Os criminosos foram identificados, mas nunca punidos. A Lei Federal 9.970/2000 oficializou então o dia 18 de maio como o Dia Nacional de Luta Contra o Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

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Texto de: Melina Fernandes

Edição de: Álvaro Luiz Oliveira Teixeira