A obra, pautada no direito penal mínimo e no princípio da dignidade humana,
discorre sobre o tráfico internacional de pessoas para fim de exploração sexual,
tendo em vista a vítima maior e capaz. A autora faz uma análise introdutória do
direito penal sexual e da prostituição, buscando identificar o bem jurídico
tutelado, sem a influência de conteúdo estritamente moral. Foram examinados os
principais acordos internacionais, em especial o Protocolo de Palermo, e também
a legislação de países como Alemanha, Portugal, Espanha, Itália, Estados Unidos
e Argentina. Neste contexto, fez-se uma leitura crítica da legislação
brasileira, que está em falta com a agenda internacional. O livro traz ainda uma
detida análise do art. 231 do CP, concluindo que o dispositivo se mostra falho
em sua essência, por não enxergar o tráfico como um fenômeno, um processo
delitivo complexo e multifacetado, bem como por ignorar o consentimento válido.
A obra trata ainda das políticas públicas de enfrentamento ao tráfico de
pessoas, visando a prevenção do crime, a punição dos criminosos e também a
proteção das vítimas.
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