Comitê EVESCA Porto Alegre - Gestão 2012/2013

quinta-feira, 11 de julho de 2013

São Gabriel da Cachoeira e operação Estocolmo são alvos de CPI da Pedofilia

Parlamentares encerraram nesta terça-feira visita a Coari sem os depoimentos de denunciados.
[ i ]A presença dos membros da CPI da Pedofilia em Coari provocou manifestações na cidade.
Manaus - Após colher depoimentos no município de Coari, os próximos alvos de investigação no Amazonas da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que trata da exploração sexual de crianças e adolescentes serão denúncias de pedofilia em São Gabriel da Cachoeira e a chamada operação Estocolmo, deflagrada em novembro pela Polícia Civil em Manaus.
“Já foi aprovada pela comissão a realização de diligências em São Gabriel da Cachoeira, que devem ocorrer ainda neste segundo semestre. Também iremos continuar a fundamentação do caso de Coari. Enfim, tudo isto vai fazer parte de um relatório”, explicou a presidente da CPI, a deputada federal Érika Kokay.
De acordo com a deputada, tanto as denúncias em São Gabriel da Cachoeira quanto a operação em Manaus envolvem empresários em casos de exploração sexual de crianças e adolescentes.
Na manhã de terça-feira (9), a CPI aguardava os depoimentos de nove pessoas apontadas pela comissão como partes, incluindo o prefeito de Coari, Adail Pinheiro. Mas nenhuma das pessoas esperadas compareceu.
Apenas o prefeito apresentou justificativa para não ter ido prestar esclarecimento aos membros da CPI. Por intermédio do advogado, Adail apresentou uma declaração informando ter se submetido a uma cirurgia de hérnia inguinal bilateral no domingo, no Hospital Sírio Libanês,em São Paulo. No atestado médico consta que ele está sob cuidados do médico Celson Gromatzky e tem previsão de alta somente para quinta-feira.
Quanto aos demais oito depoentes, a deputada Érika Kokai, afirmou que eles “fugiram para não prestar esclarecimentos”. De acordo com a presidente da CPI, quando a Polícia Federal foi entregar as convocações, foi informada pelos familiares que eles “arrumaram as malas de forma açodada para estarem fora do município enquanto a CPI estiver em Coari”.
Érika Kokay ressaltou que todos os depoentes que não foram ouvidos já estão automaticamente reconvocados para prestar esclarecimentos à CPI. “Se houver qualquer dificuldade, a CPI pode utilizar de condução coercitiva, se assim se fizer necessário. Elas não têm o direito de optar se depõem ou não. Elas são obrigadas a prestar depoimentos”, disse.
O advogado de Adail, Rodrigo Porto, afirmou que apenas os médicos de Adail podem definir quando ele poderá depor na CPI. “Eu reitero que o prefeito está à disposição da CPI para ser ouvido, assim que a condição de saúde dele permitir”, frisou.
No primeiro dia de depoimentos, na segunda-feira, foram ouvidas dez pessoas e confirmaram a existência de uma rede de pedofilia em Coari. “Tudo aqui é muito chocante. São depoimentos que atestam a exploração sexual de meninas com 11, 12 anos. Enfim, chamadas de ‘bebê’, portanto, com aparência de bebê”, afirmou a presidente da CPI.
Investigação
1 Com poderes de investigação próprios das autoridades judiciais,  uma Comissão Parlamentar de Inquérito apura um fato determinado e por prazo determinado.
2 ACPI pode convocar pessoas para depor, ouvir testemunhas,  requisitar documentos e determinar diligências, entre outras medidas.
3 Ao final dos trabalhos é elaborado um relatório e conclusões. O relatório poderá concluir pela apresentação de projeto de lei e, se for o caso, suas conclusões serão remetidas ao Ministério Público.

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